A troca do açúcar por adoçantes tornou-se prática comum entre pessoas que buscam reduzir calorias em cafés, sucos e bebidas com versões “zero”. A lógica parece simples: diminuir o consumo energético para facilitar a perda de peso. No entanto, diretrizes recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e estudos publicados nos últimos anos mostram que essa substituição não representa uma solução eficaz para controlar gordura corporal e pode apresentar impactos indesejados quando utilizada com frequência.
Embora produtos adoçados artificialmente contribuam para cortes calóricos imediatos, principalmente entre consumidores assíduos de refrigerantes e doces, a literatura científica indica que os efeitos positivos tendem a ser pequenos e momentâneos. Em longo prazo, não há evidências consistentes de manutenção da perda de peso.
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Veja o que revelam estudos e recomendações atuais
Trocar bebidas açucaradas por versões adoçadas artificialmente reduz o total energético consumido e pode levar a um emagrecimento discreto no início. Porém, análises amplas mostram que esse efeito não se mantém com o passar do tempo. A OMS avaliou 283 estudos e concluiu que os “adoçantes não açucarados” não demonstram benefício contínuo na redução de gordura corporal em adultos ou crianças.
O uso frequente de adoçantes foi associado a alterações no microbioma intestinal e a potenciais impactos metabólicos. Há registros de aumento do apetite ou da vontade de ingerir alimentos doces em algumas pessoas, comportamento que pode neutralizar a economia calórica inicial.
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Com exceção de indivíduos com diabetes, a recomendação da OMS para o público geral é direta: adoçantes não devem ser utilizados como estratégia principal de emagrecimento ou prevenção de doenças crônicas.
Alternativas indicadas por especialistas
Profissionais de saúde sugerem focar em mudanças mais amplas do comportamento alimentar, em vez de apenas substituir um ingrediente. Entre as orientações:
- Reduzir produtos ultraprocessados;
- Priorizar frutas e alimentos naturais para ajustar o paladar;
- Limitar de forma gradual a intensidade de doçura da dieta.
A perda de peso saudável depende de um conjunto de fatores, como alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, controle das porções e hábitos estáveis no dia a dia.
Saiba o que isso significa para quem deseja emagrecer
Adoçantes não representam cura rápida nem vilões absolutos. Podem reduzir calorias em consumidores de bebidas e sobremesas muito doces, mas o impacto costuma ser discreto e temporário.
A melhor estratégia permanece centrada na qualidade geral da alimentação: inclusão de frutas, vegetais, grãos integrais e menor ingestão de bebidas açucaradas e alimentos processados.
Rotina ativa, sono adequado e moderação continuam essenciais. Quem optar por adoçantes deve utilizá-los com parcimônia e trabalhar gradualmente a redução de alimentos muito doces para ajustar o paladar.
